Você calibrar os pneus e a luz continua acesa?
Se a luz de advertência do sistema de monitoramento da pressão dos pneus (TPMS) continua acesa mesmo após o enchimento correto, o problema pode não estar na pressão em si. É comum que o sistema exija uma reinicialização manual, ou que haja falha nos sensores ou influência de fatores externos, como a temperatura. Ignorar essa luz pode levar a desgastes irregulares dos pneus, aumento no consumo de combustível e até risco de acidentes.
Motivos mais comuns para a luz não apagar
- Pressão ainda abaixo do valor recomendado
- Falha em reiniciar o sistema TPMS
- Sensor com defeito ou bateria interna descarregada
- Roda de estepe ou roda trocada sem sensor
- Queda de temperatura que reduz a pressão
Estes fatores podem atuar isoladamente ou combinados. Por exemplo, se a pressão recomendada é de 35 psi e o motorista calibra para 33 psi, a luz pode permanecer acesa. Além disso, temperaturas baixas reduzem naturalmente a pressão interna dos pneus, o que aciona o alerta mesmo sem vazamentos.
Exemplo real: quando até a oficina erra o diagnóstico
Carlos, motorista em Curitiba, percebeu a luz de pressão acesa e foi a um posto calibrar os pneus. Dias depois, a luz ainda estava acesa. Na oficina, constataram que a pressão estava correta, mas o sistema TPMS não havia sido reiniciado. Após realizar o reset no painel do veículo, o aviso desapareceu. O problema era de procedimento, não de pressão.
Como fazer a reinicialização correta do TPMS
- Ligue o veículo e acesse o menu de configuração no painel
- Encontre a opção “Reiniciar TPMS” ou “Calibrar pressão”
- Mantenha pressionado o botão por 5 a 10 segundos até confirmar
- Alguns modelos exigem rodar por 10 a 20 minutos acima de 40 km/h
O procedimento varia de acordo com o modelo do carro. Consulte sempre o manual do proprietário para evitar falhas. Em veículos importados ou premium, pode ser necessário o uso de equipamentos de diagnóstico em concessionárias.
Quando e com que frequência verificar a pressão
Recomenda-se verificar a pressão pelo menos uma vez por mês, com os pneus frios. Também é essencial fazê-lo antes de viagens longas, após mudanças bruscas de temperatura ou quando houver carga extra no veículo. A manutenção preventiva evita desgastes irregulares e ativações desnecessárias do TPMS.
O frio pode ser o vilão silencioso?
Sim. Para cada queda de 10 °C na temperatura ambiente, a pressão interna do pneu pode cair cerca de 1 psi. Por isso, é comum que a luz de pressão acenda durante o inverno, mesmo sem furos. Nesses casos, pode-se calibrar ligeiramente acima do valor de referência, respeitando os limites do fabricante.
Sintomas de que o sensor do TPMS está com defeito
- Luz pisca ou acende de forma intermitente
- Alerta continua mesmo com a pressão correta
- Problema surgiu após troca de roda ou pneu
Os sensores TPMS geralmente têm vida útil de 5 a 7 anos. Como a bateria é interna e não substituível, é necessário trocar o sensor completo ao final de sua vida útil.
A roda de estepe também pode ser a causa?
Sim. Em alguns veículos, a roda de estepe tem seu próprio sensor de pressão. Se essa roda estiver com pressão baixa ou o sensor estiver ausente ou com defeito, o sistema TPMS aciona o alerta. Muitos motoristas e até mecânicos esquecem de verificar essa possibilidade.
O que pode acontecer se a luz for ignorada?
- Aumento no consumo de combustível
- Menor aderência e desempenho em curvas ou frenagens
- Risco de estouro do pneu em velocidades altas
Ignorar a luz de pressão não é uma boa ideia. Ela não é apenas um aviso visual – é um alerta de segurança que pode evitar falhas mecânicas graves e acidentes.
Custos médios e tempo para consertos no Brasil
O custo médio de reinicialização do TPMS em oficinas brasileiras varia de R$ 50 a R$ 100. Já o sensor pode custar entre R$ 200 e R$ 400 por unidade, incluindo mão de obra. O tempo necessário para o serviço gira em torno de 20 a 60 minutos, dependendo do veículo e do acesso aos sensores.
Perguntas frequentes – respostas rápidas
Pergunta | Resposta objetiva |
---|---|
Por que a luz não apaga mesmo após calibrar? | Provavelmente é necessário reiniciar o TPMS |
Temperaturas frias afetam a pressão? | Sim, o ar se contrai e reduz a pressão |
É seguro dirigir com a luz acesa? | Não. O ideal é verificar imediatamente |
Qual a durabilidade de um sensor TPMS? | De 5 a 7 anos, em média |
Dicas práticas para evitar o problema no futuro
- Verifique a pressão com os pneus frios
- Faça revisões mensais, mesmo sem alertas
- Reinicie o TPMS após trocas de pneus ou rodas
- Inclua a roda de estepe na verificação
Seguir essas orientações contribui para a segurança, economia de combustível e maior durabilidade dos pneus. O sistema TPMS é um aliado importante, mas exige compreensão e cuidados básicos para funcionar corretamente.
Aviso de responsabilidade
As informações aqui apresentadas têm caráter informativo e baseiam-se em práticas gerais de manutenção. Para diagnóstico ou reparo específicos, consulte sempre um mecânico de confiança ou uma oficina especializada.