Febre após vacinação infantil: é normal? Guia prático para pais no Brasil

Febre após vacina em criança é comum?

No Brasil, a febre leve após a vacinação infantil é considerada uma reação comum e esperada. Segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 30 a 40% das crianças apresentam febre baixa nas primeiras 24 a 48 horas após a aplicação de vacinas do calendário nacional. Esse quadro indica que o sistema imunológico está respondendo ao antígeno e criando proteção para futuras infecções. Em geral, a febre não ultrapassa 38,5 °C e desaparece espontaneamente em um ou dois dias.

Não são raros os relatos como: “Após a vacina, meu filho ficou com febre à noite, mas no dia seguinte já estava bem e brincando normalmente.” Esse tipo de situação é reconhecido por pediatras e por profissionais de saúde pública em todas as regiões do país.

Por que a criança pode ter febre depois da vacina?

As vacinas preparam o sistema imunológico para combater doenças graves, expondo o organismo a fragmentos seguros de vírus ou bactérias. A febre após a vacinação é consequência dessa ativação imunológica e deve ser vista como algo positivo.

Ao ativar as defesas, o corpo libera substâncias inflamatórias que elevam a temperatura de forma temporária. Esse é justamente o efeito desejado, pois indica que a criança está desenvolvendo anticorpos.

Quanto tempo é preciso observar a febre?

A febre costuma aparecer entre 24 e 48 horas após a vacinação e, na maioria dos casos, desaparece em até três dias. Se a criança apresenta bom estado geral e a temperatura não ultrapassa 39 °C, a observação em casa é suficiente. Se a febre for acima de 39 °C ou durar mais de três dias, recomenda-se procurar o pediatra.

Em bebês menores de 3 meses, qualquer febre acima de 38 °C exige avaliação médica imediata, conforme as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Quais outros sintomas podem aparecer?

Além da febre, podem ocorrer vermelhidão, inchaço ou dor no local da aplicação, cansaço e falta de apetite. É comum a criança ficar mais irritada ou chorosa nesse período. Esses sintomas tendem a ser leves e desaparecer em até dois dias. Se houver manchas pelo corpo, convulsão, sonolência excessiva ou dificuldade para respirar, busque atendimento de emergência.

O que fazer em casa se a criança tiver febre?

  • Se a febre for menor que 38,5 °C, ofereça líquidos com frequência, mantenha o descanso e observe o comportamento
  • Se a febre for igual ou superior a 38,5 °C e houver desconforto, utilize paracetamol infantil conforme a orientação médica
  • Vista a criança com roupas leves e mantenha o ambiente arejado e agradável
  • Evite compressas frias ou gelo diretamente sobre o local da aplicação
  • Não force a alimentação caso a criança não queira comer

Essas orientações são baseadas em recomendações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Quando procurar o médico imediatamente?

  • Febre acima de 39 °C que não cede em até 48 horas
  • Convulsão, dificuldade para respirar, manchas extensas na pele, apatia intensa
  • Bebê menor de 3 meses com febre acima de 38 °C
  • Recusa total de líquidos ou sonolência anormal

Esses casos são raros, mas a avaliação médica rápida pode prevenir complicações graves.

Quando e como usar antitérmicos?

O paracetamol infantil é o medicamento de escolha quando a febre ultrapassa 38,5 °C ou quando a criança está incomodada. O uso de ibuprofeno não é recomendado sem prescrição médica. Respeite sempre a dose e o intervalo corretos, de acordo com o peso e a idade. Nunca combine diferentes antitérmicos sem orientação do pediatra.

Muitos pais relatam que “o paracetamol fez a criança melhorar rapidamente”, mas para febres baixas e crianças ativas o medicamento não é obrigatório.

É normal não ter febre após a vacina?

Há crianças que não apresentam febre nem outros sintomas após a vacinação. Isso não significa que a vacina foi ineficaz; cada organismo reage de forma diferente. A ausência de febre não interfere no desenvolvimento da imunidade.

O que preparar antes e depois da vacinação?

  • Garanta que a criança esteja saudável no dia da vacina; adie se houver doença aguda
  • Observe sinais nos dois dias após a vacinação, tenha termômetro e paracetamol apropriado em casa
  • Mantenha o ambiente calmo para facilitar o repouso
  • Tire dúvidas com o pediatra antes ou depois da vacinação

Estar preparado ajuda a manter a calma e agir corretamente diante de qualquer sintoma.

Quem deve ser acompanhado com atenção especial?

Recém-nascidos, bebês menores de 6 meses, crianças com doenças crônicas ou que já tiveram reações adversas a vacinas precisam de vigilância reforçada. Durante épocas de maior circulação de vírus respiratórios, como gripe e bronquiolite, todo cuidado é pouco. Em caso de dúvida, converse sempre com o pediatra.

Perguntas frequentes dos pais

PerguntaResposta
O que fazer se a febre não baixar após a vacina?Procure o pediatra se durar mais de três dias.
Sempre é necessário dar paracetamol?Apenas se a febre for maior que 38,5 °C ou houver incômodo.
Pode dar banho após a vacinação?Sim, mas evite água muito quente se houver febre.
Cada criança reage de um jeito, isso é normal?Sim, cada organismo é único; não é motivo de preocupação.

Como prevenir ou reduzir a febre após a vacina?

  • Garanta hidratação e repouso antes e depois da vacinação
  • Evite atividades físicas intensas no dia da vacina
  • Observe sintomas e siga as recomendações médicas
  • Informe ao médico sobre qualquer histórico relevante antes da vacinação

Esses cuidados tornam a experiência mais tranquila e segura para toda a família.

Resumo e orientações finais para os pais

Na maioria dos casos, a febre após a vacina é sinal de que a imunidade está sendo ativada. O sintoma costuma desaparecer em poucos dias, sem necessidade de tratamentos especiais. Se houver febre alta persistente, convulsão, alteração da consciência ou dificuldade para respirar, é fundamental procurar atendimento médico. Informação e atenção são essenciais para garantir a saúde infantil após a vacinação.

Este conteúdo foi elaborado a partir de orientações do Ministério da Saúde do Brasil, Sociedade Brasileira de Pediatria e especialistas nacionais. Em caso de dúvidas ou sintomas diferentes, consulte sempre o pediatra.