Por que os gatos sobem nas cortinas?
Subir nas cortinas é um comportamento instintivo. Os gatos são movidos por curiosidade, necessidade de altura, energia acumulada e instinto de caça. Cortinas próximas a janelas são especialmente atrativas por se movimentarem com o vento e proporcionarem visão externa.
No entanto, esse hábito pode causar danos materiais, acidentes domésticos e tornar-se difícil de corrigir se não for tratado de forma adequada logo no início.
Quando o comportamento se torna problemático?
Se o comportamento é esporádico e leve, pode não representar um problema. Porém, se o gato sobe nas cortinas com frequência, de forma obsessiva ou principalmente quando está sozinho, é um sinal de alerta. Pode indicar falta de estímulo ou estresse acumulado.
Ignorar esse padrão pode reforçar o comportamento indesejado e dificultar a correção futura.
Evite punições: elas não funcionam com gatos
Punições como borrifar água, gritar ou usar contato físico agressivo não são eficazes. Essas ações podem causar medo, ansiedade e quebra de vínculo com o tutor. O gato pode simplesmente repetir o comportamento quando ninguém estiver por perto.
O ideal é focar em reforço positivo e adaptação ambiental para redirecionar a energia do animal.
Ofereça alternativas seguras para escalar
Gatos gostam de observar do alto. Providencie estruturas como arranhadores verticais, prateleiras, nichos suspensos ou torres para gatos próximas às janelas. Elas funcionam como substitutos seguros e satisfatórios.
Use petiscos, brinquedos ou catnip para tornar esses locais mais atrativos. Assim, o gato associa os novos espaços a experiências agradáveis.
Use texturas ou estímulos que o gato evite
Materiais como papel alumínio, fita dupla face ou plástico farfalhante podem ser colocados na base das cortinas para desencorajar a aproximação. A maioria dos gatos evita superfícies desconfortáveis ao toque.
Esse método deve ser temporário e monitorado. Em excesso, pode causar estresse ou reações adversas.
Promova brincadeiras regulares para gastar energia
A falta de atividade é um dos maiores causadores de comportamentos destrutivos. Reserve pelo menos 2 sessões diárias de 10 a 15 minutos de brincadeiras intensas com seu gato.
Utilize varinhas com penas, bolinhas saltitantes ou ponteiros de luz. Ao final de cada sessão, ofereça um petisco para reforçar positivamente o fim da atividade.
Impeça o acesso direto às cortinas
Reorganize os móveis para bloquear o caminho até as cortinas. Use cercadinhos, barreiras ou reposicione os móveis para dificultar o acesso.
Substituir as cortinas por persianas de rolo ou materiais sintéticos escorregadios (como poliéster ou PVC) também ajuda a reduzir o interesse do gato.
Seja consistente nas reações e comandos
Gatos aprendem por repetição. Se hoje o tutor ignora e amanhã repreende, o animal ficará confuso. Todos os moradores da casa devem adotar a mesma conduta.
Não reforce o comportamento indesejado com atenção. Ignore o erro e recompense o acerto imediatamente com carinho, petiscos ou palavras suaves.
Mude o tipo e a instalação das cortinas
Tecidos como algodão ou linho favorecem a escalada. Troque por materiais lisos, sintéticos e escorregadios, que dificultam o agarre.
Também é recomendável encurtar as cortinas ou prendê-las lateralmente para que não fiquem acessíveis do chão.
Quando procurar um especialista em comportamento animal?
Se todas as estratégias falharem, o ideal é consultar um especialista em comportamento felino ou um médico veterinário. Alguns comportamentos são sintomas de transtornos compulsivos, ansiedade ou carências emocionais.
No Brasil, o custo médio por consulta especializada varia entre R$ 150 e R$ 350, dependendo da cidade e da experiência do profissional. Há opções de atendimento online.
Resumo prático: o que fazer quando o gato sobe nas cortinas?
- Entenda as causas: instinto, tédio ou estresse
- Evite punições e prefira redirecionamento
- Ofereça opções atrativas para escalar
- Adapte o ambiente físico da casa
- Adote respostas consistentes e positivas
O objetivo não é suprimir os instintos do gato, mas canalizá-los de forma saudável. Um ambiente enriquecido e uma abordagem respeitosa promovem uma convivência mais equilibrada e feliz.
Nota de responsabilidade
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação profissional. Em casos persistentes, recomenda-se a consulta com veterinários ou especialistas em comportamento felino.